quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Raiva nº2


Hoje a inquietude está aqui
Arranha minha alma, irrita meu peito
Abre feridas que já haviam fechado
Mostra imagens suas que eu já havia esquecido

É inacreditavelmente difícil aceitar que os caminhos irão se separar
Porém razoavelmente fácil de entender
As idéias não compartilhadas
A sua e a minha inadequação

Mas hey, vamos nos animar
Por orgulho, sabemos, não vamos mais nos falar
E por isso tenho meu peito arranhado, minha alma irritada
Uma saudade irracional me acende um cigarro

O fogo baixa, meu desespero se vai
Para junto de você, talvez
Até ele quer me deixar e sumir
Essa poça de irrealidade à qual me amarrei

Um jorro de sangue por artérias
Menosprezo sentimentos por serem reações químicas
Um pensamento impulsionado eletricamente
E respiro desanimado

Não há redenção
Não há volta
Não há segunda chance
A luz apagou, e nem te avisaram

Num meio sorriso amarelo-tabaco e desânimo crônico
Um aceno distante e sem muito significado
Palavra foi emitida, refletida e jaz morta
Assim como o que pensei ter

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