sexta-feira, 11 de maio de 2012

Delirium vol. 3

Sinto sim, um vento de mudança no ar
Tanta coisa estranha nos acontece por aqui
Quero tanto algo a que me agarrar, buscar equilíbrio
Um frenesi que não me deixa ter sossego
Me arranca a paz tão almejada e querida

Mas a mudança vem para todos nós
O esquisito é só algo mais a se conviver
Meus pés não se apoiam em terra firme, não mais
E os rios sempre me levam para o mar
Grande mar, calmo e furioso
Agitado com minha impaciência

Queria te pegar e trazer até aqui
Poderíamos dançar durante o entardecer, talvez
Ou apenas nos dizer as razões
Para a mudança que nos mostra o futuro
Inexplicável e insondável como o mar

E de amarelo ouro é minha busca
Azul é o grande céu acima de nós
Nos une e nos separa na mesma medida
Verde, o mar me contempla
E me muda para lá
Numa casa de areia soprada

Solto, mudo e sou mudado
Novos olhares sobre velhos artefatos
Outra perspectiva pelo que você sente
E estranho, só o não dito fala
As palavras perdidas no que foi falado

Mudanças mutáveis em terreno instável
E não estou mais aqui
Eu também não estou lá
Você chegou e desistiu
Fui e não gostei do que vi

Inconstante e rígido
Como eu gostaria de ser
Eu fui, você foi
Agora nós partimos
E no fim, o vento de mudança sopra...

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