quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Raiva nº3

Eu quero gritar minha fúria
Quero fincar minha espada no coração da terra
Ver meu dano localizado sendo localizado em tudo
Amargar com meu ódio a areia e o sol
Quero me afastar da ignorância
Dar vazão em minha bile negra
Ser agente da transformação maldita
Mostrar a cor da decepção e o cheiro de destruído
Me banhar em sangue inimigo
Atirar a primeira, a última pedra
Sobre os escombros, apenas minha gargalhada
Minha insanidade, meu risco à sociedade
O fim de tudo por minhas mãos
Eu quero gritar minha fúria
Mas não para ressoar pelos campos
E destruir salões pelos cantos
Ruir palácios com torres imponentes
E mostrar a podridão inerente
Sem me segurar,
Nenhuma trava, nem consciência nem medo de consequencia
E ser o leão na savana
Quero descarregar no primeiro que eu ver
Quero rasgar gargantas e peitos
E quero mais, muito mais
Enquanto estiver de pé
Caiam todos aos meus
E nunca mais guardar rancor
Vingança na hora, troco sem ser frio
Eu quero batalhas sujas e sem heróis
Tiros nas costas, execuções covardes
Por hoje eu quero morte.

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